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  • Foto do escritorManoela. Gonçalves Ramos

Vira e mexe alguém me pergunta qual a minha religião..

Pois bem, fui batizada na igreja católica, na época tinha 6 meses e não pude escolher. Quando criança/ pré adolescente, minha mãe me mandou para um retiro evangélico. Teve um dia lá, que uma mulher (ovelha, carola, irmã, sei lá..) colocou a mão na minha cabeça e começou a me orar. Desmaiei, só lembro que quando abri os olhos, deitada, me sentia renovada. Naquele dia senti verdadeiramente a presença de Deus em mim, ali tive a certeza de sua existência. Passei a orar sempre, pra virar íntima, falaram que quando a gente ora, deus escuta, então me sentia conversando com ele. Domingo ou outro até ia em algum culto, mas aí fui crescendo e discordando muito com a pregação dos pastores, fui me deparando também com muita miséria e desigualdade. Comecei então a questionar Deus.

Até que um dia, andando na rua, fui parada por um devoto de Krishna que me convidou para ir ao templo. Quando cheguei lá me senti no céu, tinha uma energia especial, todos pareciam iluminados. Voltei à certeza da existência divina, mas ali percebi que Ele se manifesta de inúmeras formas e atende por diversos nomes. Ainda na tentativa de virar íntima passei a buscá-lo nas diferentes formas. Já fui ao centro espírita e também no templo budista. No Candomblé encontrei mais do que Deus, mas também a história de meu povo. O Xamã me evidenciou a força da Natureza, o Rastafari a possibilidade de libertação do sistema através de uma vida natural. Comecei a ler livros de diversas religiões, a conhecer a palavra de diversos mestres iluminados. Tudo que falava sobre a existência divina e chegava até mim, eu lia.

Foi numa dessas que conheci um casal Sufi, que me ensinou que Deus é o Amor que existe dentro de nós. Não aquele amor que sentimos pelos pais, amigos ou o amor romântico, mas todos eles juntos de forma ilimitada. Deus é a fonte ilimitada de Amor que temos dentro do nosso coração. Então se eu quiser intimidade com Ele, tenho que descobrir o meu coração, para que o amor e o deus que estão em mim, possam se manifestar. É como aquela canção Sufi que diz: “Eu procurei e não pude vos encontrar Chamei por vós de pé, no minarete Toquei os sinos do templo ao nascer e ao pôr do sol Banhei-me no Ganges em vão, Voltei desapontado de Caaba. Clamei por vós na Terra e no Céu, meu Bem Amado Mas afinal, Vos encontrei oculto, Como uma pérola, no íntimo do meu coração”

Pois bem, quando me perguntam qual é a minha religião, é só isso que posso responder..

Minha religião é o Amor Universal.


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